O vídeo on and on (sem parar) foi realizado para compilar uma série de exercícios de deslocamento em escada do Laboratório Corpo e Câmera, realizados em outubro de 2009 e editados em junho de 2010.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Vermelho Nº01
Exercício realizado para o Laboratório Corpo e Câmera em set/2009 e editado em jun/2010
Laboratório Corpo e Câmera
Nos posts anteriores coloquei dois vídeos que inspiraram a elaboração do Laboratório Corpo e Câmera para a construção da teleperformance BOOT. Este laboratório vem sendo realizado desde agosto de 2009 e nos próximos posts eu publicarei alguns exercícios realizados. O objetivo principal destes exercícios é explorar a relação entre corpo e câmera por duas formas de abordagem: o corpo em relação com uma câmera fixa, criando possibilidades de enquadramento, profundidade, perspectiva, ângulo diferenciados, ou seja, explorando os recursos da câmera; e o corpo com uma câmera acoplada, no qual a câmera explora os recursos do corpo.
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Inspiração 4'33" para John Cage
O vídeo Inspiração 4'33" para John Cage foi realizado a partir do registro da performance Corpo Tela, realizada por mim e Valécia Ribeiro, no Palacete das Artes Rodin Bahia, em 13 de agosto de 2009, dentro do evento Performance em Artes: encontros, ações e debates. Este evento foi promovido pelo Grupo de Pesquisa Poéticas Tecnológicas: corpo, imagem, espaço e o Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFBA. Corpo Tela foi uma performance inspirada em Corpo Vivo, Corpo Morto e no vídeo Corpo em Trânsito, de Valécia Ribeiro; o vídeo Inspiração 4'33" para John Cage é uma forma de repensar a performance a partir de um recorte no tempo e do tempo.
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vídeo da performance Corpo Vivo, Corpo Morto
A performance Corpo Vivo, Corpo Morto: um movimento de respiração foi realizada no espaço do Dique do Tororó, Salvador-BA, em 2008, como trabalho de conclusão da disciplina Corpo e Novas Mídias, ministrada pela Profª Doutora Ivani Santana no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFBA. É a partir desta performance que inicio investigações entre corpo e câmera propondo a câmera como parte do discurso do corpo sobre o espaço.
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sábado, 10 de julho de 2010
Resumo do Projeto de Pesquisa
Um pequeno preâmbulo inicial
Como todo resumo de projeto de pesquisa em andamento este é um resumo provisório e reflete as preocupações atuais de investigação. A idéia é comungarmos desse momento atual, onde tudo parece estar em ebulição e transformação constante. Não há uma preocupação em seguir o limite de caracteres exigidos pela academia, apenas comunicar do que se trata a pesquisa, como vem se desenvolvendo e a que resultados parciais tenho chegado. Ao final encontrarão as referências bibliográficas utilizadas. Posteriormente colocarei uma barra de links no blog com os sites de referência.
A POESIA DE UM CORPUS EM REDE:
o corpo performático contemporâneo reconfigurado pelo espaço ciberdigital
RESUMO
A pesquisa desenvolvida nesse projeto tem por objetivo investigar a articulação do corpo do performer na formação do que aqui chamamos de Terceiro Corpo, tanto pelo viés da prática artística, com a criação de uma teleperformance; como pela análise de trabalhos de performers que atuam neste campo.
A noção de Terceiro Corpo é fundamentada pelo conceito de emboided das ciências cognitivas, onde corpo e ambiente estão implicados. Neste caso, tal relação (entre corpo e ambiente) propicia um olhar ampliado sobre as possibilidades de contaminação de estruturas diferenciadas que interagem de forma a gerar uma terceira estrutura, com características próprias.
Entendemos que a idéia de corpo ultrapassa sua constituição física e fisiológica e encarna seus desejos, suas elaborações de sentido e o espaço social e político no qual se insere. Ou seja, a definição de corpo aqui trabalhada nasce da interação do organismo com o mundo e os objetos, como nos sugere o neurocientista Antônio Damásio.
Observando como tais relações se dão em alguns trabalhos de teleperformance, destacamos três possíveis categorias de análise do Terceiro Corpo: o corpo visível ou imagético, o corpo sonoro e o corpo conceitual ou invisível. Por enquanto essas categorias servirão apenas para delinear as tendências de cada trabalho investigado, devendo ser aprofundadas em pesquisa de doutorado. Cada trabalho artístico pode, portanto, priorizar uma ou mais categorias aqui mencionadas, de acordo com seu propósito.
A epistemologia de pesquisa contempla conceitos da cultura visual (W. J. T. Mitchel, 2003), da cultura digital (Lev Manovich, 2000), das ciências cognitivas pela perspectiva do embodied (Lakoff & Johnson, 1999/2002; H. Maturana, 2006), os quais auxiliarão na analise das categorias mensionadas.
Em paralelo, vem sendo desenvolvidos laboratórios artísticos e tecnológicos. O primeiro laboratório consistiu na experimentação das possibilidades de relação entre o corpo e a câmera. O segundo laboratório está investigando possiblidades de jogo visual com interação em tempo real, através do Chatroulette . Este laboratório levantou algumas palavras-chaves - corpo, autobiografia e subversão - que embasaram os procedimentos a serem desenvolvidos no terceiro e último laboratório, que investigará as possibilidades da criação de uma plataforma interativa, com características randômicas, na qual usuário, performers e a própria plataforma interferem e reconfiguram corpos visuais ou imagéticos e sonoros. A teleperformance proposta a partir dessa plataforma tem como nome provisório BOOT, por sua ênfase na temporalidade virtual randômica, onde o provisório e a constante iniciação de novos processos de interação e reconfiguração são a máxima proposta.
Palavras-chave: ciberdigital, corpo, interação
REFERÊNCIAS
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra
CRITICAL ART ENSEMBLE. Distúrbio Eletrônico. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2001
DOMINGUES, Diana. Arte e Vida no século XXI: tecnologia, ciência e criatividade. São Paulo: Editora Unesp, 2003
GIANNETTI, Cláudia. Estética Digital: sintopía del arte, la ciência e la tecnologia. Barcelona: Associacióde Cultura Contemporânea L’Angelot, 2002
GOLDBERG, Roselee. A Arte da Performance: do futurismo ao presente; tradução Jefferson Luiz Camargo; revisão de tradução Percival Panzoldo de Carvalho; revisão técnica Kátia Canton. São Paulo: Martins Fontes, 2006
HAWKING, Stephen. Uma Breve História do Tempo. Lisboa: Gradiva, 1994
LAKOFF, George and JOHNSON, Mark. Philosophy in the Flesh: the embodied mind and its challenge to western thought. New York: Basic books, 1999
LAKOFF, George e JOHNSON, Mark. Metáforas da Vida Cotidiana. [coordenação de tradução Mara Sophia Zanotto]- Campinas,SP: Mercado das Letras; São Paulo: Educ, 2002
LÉVY, Pierre. Cibercultura; tradução de Carlos Irineu Costa. – São Paulo: Ed. 34, 1999
MANOVICH, Lev., The Language of New Media., Cambridge: MIT Press., 2000
MATURANA, Humberto. Cognição, Ciência e Vida Cotidiana. Cristina Magno Victor Paredes (org). Belo Horizonte: Editora Ufmg, 2006
MEDEIROS, Maria Beatriz de. Corpos Informáticos: arte, corpo, tecnologia. – Brasília: Ed. Pós-Graduação em Artes da Universidade de Brasília, 2006
MITCHELL, W., Me++: The Cyborg Self and the Networked City (Hardcover).,Massachussets: MIT Press, 2003.
MURRAY, Janet H. Hamlet Holodeck: o futuro da narrativa no ciberespaço. São Paulo: Itaú Cultural: Unesp, 2003
PRADO, Gilberto. Arte Telemática: dos intercâmbios pontuais aos ambientes virtuais multiusuário. São Paulo: Itaú Cultural, 2003
RÜDIGER, Francisco. Introdução às Teorias da Cibercultura: perspectivas do pensamento tecnológico contemporâneo. Porto Alegre: Sulina, 2003
SANTANA, Ivani. Dança na Cultura Digital. – Salvador: EDUFBA, 2006
WOOD, John (eds). The Virtual Emboided. New York: Routledge, 1998
Como todo resumo de projeto de pesquisa em andamento este é um resumo provisório e reflete as preocupações atuais de investigação. A idéia é comungarmos desse momento atual, onde tudo parece estar em ebulição e transformação constante. Não há uma preocupação em seguir o limite de caracteres exigidos pela academia, apenas comunicar do que se trata a pesquisa, como vem se desenvolvendo e a que resultados parciais tenho chegado. Ao final encontrarão as referências bibliográficas utilizadas. Posteriormente colocarei uma barra de links no blog com os sites de referência.
A POESIA DE UM CORPUS EM REDE:
o corpo performático contemporâneo reconfigurado pelo espaço ciberdigital
RESUMO
A pesquisa desenvolvida nesse projeto tem por objetivo investigar a articulação do corpo do performer na formação do que aqui chamamos de Terceiro Corpo, tanto pelo viés da prática artística, com a criação de uma teleperformance; como pela análise de trabalhos de performers que atuam neste campo.
A noção de Terceiro Corpo é fundamentada pelo conceito de emboided das ciências cognitivas, onde corpo e ambiente estão implicados. Neste caso, tal relação (entre corpo e ambiente) propicia um olhar ampliado sobre as possibilidades de contaminação de estruturas diferenciadas que interagem de forma a gerar uma terceira estrutura, com características próprias.
Entendemos que a idéia de corpo ultrapassa sua constituição física e fisiológica e encarna seus desejos, suas elaborações de sentido e o espaço social e político no qual se insere. Ou seja, a definição de corpo aqui trabalhada nasce da interação do organismo com o mundo e os objetos, como nos sugere o neurocientista Antônio Damásio.
Observando como tais relações se dão em alguns trabalhos de teleperformance, destacamos três possíveis categorias de análise do Terceiro Corpo: o corpo visível ou imagético, o corpo sonoro e o corpo conceitual ou invisível. Por enquanto essas categorias servirão apenas para delinear as tendências de cada trabalho investigado, devendo ser aprofundadas em pesquisa de doutorado. Cada trabalho artístico pode, portanto, priorizar uma ou mais categorias aqui mencionadas, de acordo com seu propósito.
A epistemologia de pesquisa contempla conceitos da cultura visual (W. J. T. Mitchel, 2003), da cultura digital (Lev Manovich, 2000), das ciências cognitivas pela perspectiva do embodied (Lakoff & Johnson, 1999/2002; H. Maturana, 2006), os quais auxiliarão na analise das categorias mensionadas.
Em paralelo, vem sendo desenvolvidos laboratórios artísticos e tecnológicos. O primeiro laboratório consistiu na experimentação das possibilidades de relação entre o corpo e a câmera. O segundo laboratório está investigando possiblidades de jogo visual com interação em tempo real, através do Chatroulette . Este laboratório levantou algumas palavras-chaves - corpo, autobiografia e subversão - que embasaram os procedimentos a serem desenvolvidos no terceiro e último laboratório, que investigará as possibilidades da criação de uma plataforma interativa, com características randômicas, na qual usuário, performers e a própria plataforma interferem e reconfiguram corpos visuais ou imagéticos e sonoros. A teleperformance proposta a partir dessa plataforma tem como nome provisório BOOT, por sua ênfase na temporalidade virtual randômica, onde o provisório e a constante iniciação de novos processos de interação e reconfiguração são a máxima proposta.
Palavras-chave: ciberdigital, corpo, interação
REFERÊNCIAS
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra
CRITICAL ART ENSEMBLE. Distúrbio Eletrônico. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2001
DOMINGUES, Diana. Arte e Vida no século XXI: tecnologia, ciência e criatividade. São Paulo: Editora Unesp, 2003
GIANNETTI, Cláudia. Estética Digital: sintopía del arte, la ciência e la tecnologia. Barcelona: Associacióde Cultura Contemporânea L’Angelot, 2002
GOLDBERG, Roselee. A Arte da Performance: do futurismo ao presente; tradução Jefferson Luiz Camargo; revisão de tradução Percival Panzoldo de Carvalho; revisão técnica Kátia Canton. São Paulo: Martins Fontes, 2006
HAWKING, Stephen. Uma Breve História do Tempo. Lisboa: Gradiva, 1994
LAKOFF, George and JOHNSON, Mark. Philosophy in the Flesh: the embodied mind and its challenge to western thought. New York: Basic books, 1999
LAKOFF, George e JOHNSON, Mark. Metáforas da Vida Cotidiana. [coordenação de tradução Mara Sophia Zanotto]- Campinas,SP: Mercado das Letras; São Paulo: Educ, 2002
LÉVY, Pierre. Cibercultura; tradução de Carlos Irineu Costa. – São Paulo: Ed. 34, 1999
MANOVICH, Lev., The Language of New Media., Cambridge: MIT Press., 2000
MATURANA, Humberto. Cognição, Ciência e Vida Cotidiana. Cristina Magno Victor Paredes (org). Belo Horizonte: Editora Ufmg, 2006
MEDEIROS, Maria Beatriz de. Corpos Informáticos: arte, corpo, tecnologia. – Brasília: Ed. Pós-Graduação em Artes da Universidade de Brasília, 2006
MITCHELL, W., Me++: The Cyborg Self and the Networked City (Hardcover).,Massachussets: MIT Press, 2003.
MURRAY, Janet H. Hamlet Holodeck: o futuro da narrativa no ciberespaço. São Paulo: Itaú Cultural: Unesp, 2003
PRADO, Gilberto. Arte Telemática: dos intercâmbios pontuais aos ambientes virtuais multiusuário. São Paulo: Itaú Cultural, 2003
RÜDIGER, Francisco. Introdução às Teorias da Cibercultura: perspectivas do pensamento tecnológico contemporâneo. Porto Alegre: Sulina, 2003
SANTANA, Ivani. Dança na Cultura Digital. – Salvador: EDUFBA, 2006
WOOD, John (eds). The Virtual Emboided. New York: Routledge, 1998
terça-feira, 6 de julho de 2010
Bem-vindos a todos vocês
Este blog está sendo criado com o objetivo de compartilhar o processo de criação da teleperformance BOOT*, que é parte integrante do projeto de mestrado A Poesia de um Corpus em Rede: o corpo performático contemporâneo reconfigurado pelo espaço ciberdigital*, que está vinculado ao curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia.
Como esse processo não se inicia hoje, mas já tem pelo menos um ano de laboratórios primeiro postarei os vídeos e materiais mais antigos com suas respectivas datas e depois caminharemos juntos.
Em parte esse espaço existe porque toda pesquisa deve ser compartilhada, em parte porque a pesquisa trabalha a relação entre arte e tecnologia e em parte porque fazer um mestrado é uma atividade de uma solidão imensa. Portanto, esse é o lugar de estar com o outro enquanto estou só.
Obrigada pela presença de vocês e sintam-se à vontade para participar.
*Vale ressaltar que por se tratar de uma pesquisa em andamento todos os nomes aqui dispostos são provisórios.
Como esse processo não se inicia hoje, mas já tem pelo menos um ano de laboratórios primeiro postarei os vídeos e materiais mais antigos com suas respectivas datas e depois caminharemos juntos.
Em parte esse espaço existe porque toda pesquisa deve ser compartilhada, em parte porque a pesquisa trabalha a relação entre arte e tecnologia e em parte porque fazer um mestrado é uma atividade de uma solidão imensa. Portanto, esse é o lugar de estar com o outro enquanto estou só.
Obrigada pela presença de vocês e sintam-se à vontade para participar.
*Vale ressaltar que por se tratar de uma pesquisa em andamento todos os nomes aqui dispostos são provisórios.
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